domingo, 16 de janeiro de 2011

Plano de aula de Química

Plano de aula de Química


Público-alvo: 1° ano do Ensino Médio

Duração: 6 aulas de 50 minutos

Tema: Química na agricultura

Objetivo geral:

Desenvolver no aluno a capacidade de compreender o papel da Química no sistema produtivo agrícola, reconhecendo as relações entre desenvolvimento científico e tecnológico e aspectos sociopolítico-econômicos nas relações entre produção de fertilizantes, produtividade agrícola e poluição ambiental.

Conteúdos:

• A composição química do solo: elementos, ph;
• Nutrição de plantas: nutrientes essenciais – nitrogênio, fósforo, magnésio, potássio, cálcio e enxofre; micronutrientes: boro, cobre, ferro, manganês, molibdênio, zinco, cloro;
• Uso de fertilizantes: produção, cuidados na utilização e impacto ambiental;
• Efeitos positivos e negativos do uso da tecnologia na agricultura.
• Defensivos agrícolas;
• Riscos e consequências de intoxicação por agrotóxicos;


Habilidades e competências:

• Identificar a presença da Química na agricultura;

• Conhecer o ph ideal de solo para diferentes culturas agrícolas;

• Reconhecer a importância dos elementos químicos para o desenvolvimento de plantas e fazer associações a fontes de nutrientes para o organismo humano;

• Identificar as propriedades químicas dos elementos citados e relacioná-los na tabela periódica;

• Compreender e utilizar os conceitos químicos em um contexto de situação- problema;

• Desenvolver conexões hipotético- lógicas que possibilitem previsões a cerca dos fenômenos estudados;

• Avaliar as implicações econômicas, sociais e políticas do sistema produtivo agrícola;

• Compreender que a composição do solo e o tipo de adubo interferem na produção de alimentos;

• Apontar as implicações do uso de defensivos agrícolas para o homem e para o meio ambiente;

Metodologia:

• Propor atividades em grupo e individuais, tais como:

• Fazer um levantamento entre produtores de hortaliças e frutas que usam agrotóxicos e os que não usam estes defensivos, preferindo práticas alternativas tais como produtos orgânicos e comparar custos, qualidade, tempo de produção e aceitabilidade dos consumidores.
• Pesquisar as normas e regulamentações a cerca da comercialização de agrotóxicos,

• Utilizar a animação em computador - objetos de aprendizagem (Programa RIVED) que através de simulações mostra as ações de diferentes adubos para cada tipo de plantação. Este mostra que os elementos presentes nos adubos estão relacionados aos elementos presentes nos vegetais. O mesmo programa mostra diferentes formas de contaminação do meio ambiente por fertilizantes e agrotóxicos.

• Ler os textos do livro didático Química e Sociedade ( PEQUIS – Editora Nova Geração): O chão que nos alimenta onde é apresentado os principais elementos presentes no solo e proporções; Química e agricultura: Uma relação delicada. Este aborda os impactos positivos e negativos do uso dos recursos tecnológicos na agricultura; Os elementos químicos e os vegetais, onde é apresentado as vantagens e desvantagens dos adubos orgânicos e dos adubos inorgânicos e o texto Agrotóxico: de mocinho a bandido. Neste último é apresentado o histórico do uso do DDT, apresentado os efeitos deste agrotóxico para a saúde humana e para o meio ambiente como um todo.

As leituras dos textos serão seguidas de discussões e debates além de atividades escritas, interpretações e análises das questões discutidas.

• Pesquisar o ph ideal para diferentes culturas;
• Realizar atividade experimental para identificar a presença de minerais solúveis: Teste de condutibilidade elétrica;
• Simular situação de correção de ph do solo através de experimento, adicionando-se calcários ou sulfato ferroso conforme acidez ou alcalinidade.

Avaliação:

A avaliação dos progressos dos alunos será avaliada pelo desempenho nas atividades. O que é percebido pelas ações, interesse e participação nas discussões, nas atividades escritas e nas práticas experimentais.






Referência Bibliográfica:


PEQUIS-PROJETO DE ENSINO DE QUÍMICA E SOCIEDADE. Química e Sociedade: Volume Único, Ensino Médio/Widson Luis pereira dos Santos, Gerson de Souza Mól, (coord.). – São Paulo: Nova Geração, 2005.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DA CULTURA E DOS DESPORTOS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE. RIDED - Rede interativa de educação – proposta para capacitação de professores: Como usar objetos de aprendizagem. Junho, 2008.

As Aulas de Química como Espaço de Investigação e Reflexão .

As Aulas de Química como Espaço de Investigação e Reflexão .

As autoras do artigo: As Aulas de Química como Espaço de Investigação e Reflexão, Dalva Lúcia Castilho, Katia Pedroso Silveira e Andréa Horta Machado ao refletirem acerca das práticas de ensino de Química afirmam que a formação de professores não se encerra com a formação inicial nos cursos de graduação. O aperfeiçoamento da prática requer atualização constante. Daí a necessidade da formação continuada. Visto ser a prática de ensino constituída por inúmeras questões, não se limitando a mera transmissão de conteúdos.
A eficiência do ensino depende de inúmeros fatores que devem ser considerados pelos professores: Desde a seleção de conteúdos e materiais à estratégias de ensino e avaliação. É nos cursos de atualização que os professores são estimulados a refletirem e avaliarem as suas atuações em sala de aula.
As professoras Dalva Lúcia Castilho, Katia Pedroso Silveira e Andréa Horta Machado autoras do citado artigo ao relatarem fatos referentes às situações de ensino pouco eficientes tomam como referência suas próprias práticas de ensino como professoras de Química. As mesmas relatam que suas experiências como alunas subsidiaram suas práticas iniciais, pautadas em posturas autoritárias, onde o professor era visto como dono do saber e o aluno mero receptor de informações. Nesta concepção de ensino o livro didático figura como único recurso didático, determinando os conteúdos e as atividades a serem desenvolvidas pelos alunos que não são estimulados a desenvolver habilidades necessárias à formação intelectual e cidadã do aluno, tais como capacidade de observar fenômenos, analisar informações, registrar e interpretar dados, investigar , pesquisar entre outras. Práticas de ensino tais como as citadas neste trabalho são frequentes em nossas escolas. A análise de fatos como estes possibilitam uma mudança de postura no sentido de superar as deficiências. Este foi o caso das professoras mencionadas que enfatizam a necessidade de uma tomada de posição frente aos problemas apresentados no ensino, refletido no comportamento dos alunos que demonstram dificuldades em compreender os conteúdos Químicos e aplicá-los em situações escolares ou cotidianas.
É importante reconhecer que a aprendizagem dos conhecimentos Químicos não sé garantida pela memorização de fórmulas e conceitos isolados, nem pelo uso de atividades experimentais. Embora, sejam estas atividades, relevantes a aprendizagem quando utilizados de forma sistemática. A efetivação da aprendizagem requer a reflexão e compreensão dos fenômenos envolvidos. O Professor deve permitir aos alunos o estabelecimento de relações entre as teorias estudadas e os processos envolvidos na produção do conhecimento, permitindo a compreensão de que a produção científica ocorre de forma contínua, não podendo ser vista como um produto pronto e acabado.
Entre os problemas causados pela ausência de um ensino reflexivo apontados no artigo estão a dificuldade dos alunos em compreender a representação das reações químicas expressas nas fórmulas e a dificuldade em relacionar os conteúdos químicos com situações reais. Fato decorrente do ensino descontextualizado abordado de forma isolada.
Tornar o ensino de Química significativo constitui-se uma tarefa difícil e desafiadora que deve ser assumida por todos os profissionais comprometidos com a oferta de um ensino de qualidade. Entre as medidas capazes de despertar o interesse dos alunos é torná-los sujeitos do processo de ensino. Isto ocorre quando seus conhecimentos prévios são considerados nas discussões
e reflexões realizadas na sala de aula e os mesmos são estimulados a encontra respostas as suas dúvidas.